DataFórum: internautas aprovam prisões e punições severas contra os terroristas bolsonaristas

A extrema direita mantém estratégia que relativiza crimes contra os Três Poderes e tenta se desvencilhar da tentativa de golpe

Via> Revista Forum

Levantamento DataFórum desta terça-feira (10) revela que a resposta do governo Lula (PT) e dos outros poderes federais contra aqueles os terroristas bolsonaristas que tentaram aplicar um golpe de Estado são aprovadas.

Na comunidade progressistas, a prisão de cerca de 1.500 terroristas que atacaram os Três Poderes da República é aprovada. As medidas enérgicas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente na pessoa do ministro Alexandre de Moraes, também contam com bastante apoio. 

lém da aprovação à prisão dos terroristas apoiadores de Bolsonaro, também teve bastante repercussão na comunidade progressistas os atos em defesa da democracia que ocorreram nas principais capitais do Brasil. 

Por sua vez, a comunidade da extrema direita manteve a estratégia de se desvencilhar do ataque terrorista contra os Três Poderes da República. Além disso, esse agrupamento, sempre crítico às políticas de Direitos Humanos, agora passou a defender tal demanda para os milhares de golpistas que estão detidos em Brasília. 

Também repercutiu, mas no grupo de direita/ contra o golpe, o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sido internado após tomar conhecimento que pode ser extraditado e preso. Para os perfis desse agrupamento, o líder dos terroristas golpistas “meteu o atestado” para fugir de suas responsabilidades. 

A comunidade progressista obteve 45% das menções no Twitter. A extrema direita teve 28% das citações e a Direita/ contra o golpe, 28%. 

Foram analisados 1.483.828 tweets a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_. 

Sem liderança após fuga de Bolsonaro, Extrema Direita brasileira se esfacela

Segundo o general Santos Cruz, Bolsonaro não tem capacidade de atrair o centro e, por isso, é preciso “se livrar do extremismo populista-bolsonarista”.

Por Redação – de Brasília  MSN

A fuga do agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o Estado norte-americano da Flórida, de onde ainda tenta se passar por autoridade ao não reconhecer o governo empossado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o afasta de forma definitiva dos rumos que os conservadores tomam diante da derrota. Segundo o general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos), ex-ministro da Secretaria de Governo no governo passado, o ex-mandatário “não tem condições de ser líder da direita”.

Para o militar, é necessário que se organize a direita que fará oposição ao presidente Lula (PT) sem a participação do ex-capitão.

— É preciso se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo. O ex-presidente não tem condições de ser líder da direita. Ele não é de direita. É um extremista populista que só prejudicou e acarretou desgastes à direita. É um dos destruidores da direita e transferiu sua responsabilidade política para os militares — afirmou Santos Cruz ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.

Derrota

Segundo o general, Bolsonaro não tem capacidade de atrair o centro e, por isso, é preciso “se livrar do extremismo populista-bolsonarista”.

— Existem grupos na frente dos quartéis que foram desconsiderados e desrespeitados pelo presidente, pois, em maior ou menor grau, são seus seguidores”, chegou a escrever Santos Cruz. “O que se viu e se vê é a desonestidade, a falta de sinceridade do presidente sobre a realidade nacional para aqueles manifestantes — acrescentou.

Em linha com o pensamento do militar, cientistas políticos, analistas e parlamentares constatam que a saída de Bolsonaro do poder abre espaço para o surgimento de novas lideranças à direita, apesar de aliados aguardarem sinalizações do agora ex-presidente acerca do rumo político que deve tomar após a derrota, nas urnas.

Bolsonaro é reconhecido, no país, como uma figura mobilizadora, embora não tenha conseguido comandar um partido e fracassado em criar a própria legenda, o que deixa no vácuo seu eleitorado mais fiel. Em seu penúltimo dia de mandato, o ainda presidente deixou o Brasil e viajou aos Estados Unidos, sob críticas de aliados que pediam golpe em frente a quartéis. Rompendo uma tradição democrática, também deixou de passar a faixa para Lula.

Vácuo de poder

No dia 31, último dia do mandato anterior, o então vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), fez pronunciamento em rede nacional com crítica velada a Bolsonaro ao dizer que “lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criassem um clima de caos e de desagregação social”. A fala também foi interpretada como uma tentativa de disputar a liderança da oposição.

Diante do vácuo deixado por Bolsonaro, à direita, o presidente Lula tratou de formar um ministério mais à esquerda do que previa o escopo da frente ampla levada às urnas. O corpo ministerial do novo governo é menos heterogêneo do que a proposta defendida pelo presidente ao longo da campanha eleitoral, avalia o cientista político Fernando Limongi.

— A frente ampla da campanha apareceu apenas parcialmente na escolha ministerial e a expectativa era maior nesse sentido. Não que a composição feita nos ministérios seja estreita. Mas o que nós temos neste início de governo é mais uma coalizão necessária para governar — afirmou, nesta quarta-feira, em entrevista à agência alemã de notícias DW Brasil.

Coalizão

Ao longo da disputa presidencial, Lula reuniu apoios vindos da esquerda à centro-direita para derrotar Jair Bolsonaro. Dos 37 ministérios, 10 estão nas mãos do PT, oito em partidos que não o apoiaram na eleição (MDB, União Brasil e PSD) e 11 com ministros sem filiação partidária. Há ainda cargos com Rede, PCdoB, PSB, PSOL e PDT.

Para Limongi, que é professor aposentado de ciência política da USP e docente na Escola de Economia de São Paulo da FGV, dado que o PT ocupa a maior parte dos cargos, a coalizão está mais à esquerda do que ao centro.

— Está bem distante do que é a composição da Câmara e do Senado atualmente, que é de centro-direita. Mas é preciso esperar para ver como essa centro-direita vai se organizar a partir de agora e como essa força estará ao redor do governo — concluiu.

PL vai buscar doações dos Patriotários para pagar salário de 39 mil pra Bolsonaro

O PL está diante de um impasse sobre quando vai fazer o primeiro pagamento do salário de R$ 39 mil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido entregou o cargo de presidente de honra ao ex-mandatário.

Via: IstoÉ

Com o ex-presidente nos Estados Unidos, aliados do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, dizem que o PL deve recorrer a doações para pagar o salário e assim evitar o uso de recursos públicos. A legenda está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de receber uma multa de quase R$ 23 milhões por tentar anular parte dos votos do segundo turno.

Em reserva, um interlocutor da legenda disse que Bolsonaro ainda não assumiu o novo “emprego”, por isso não há previsão sobre os recursos. Outra fonte ligada ao partido pondera que Bolsonaro pode atuar a distância fazendo lives e participando de eventos virtuais.

Valdemar publicou nesta terça, 3, um vídeo reiterando o apoio e agradecendo ao ex-presidente, que, segundo ele, “tem crédito”. Parlamentares e integrantes da sigla se dizem “frustrados” e “apreensivos” com os últimos gestos de Bolsonaro. O partido de Bolsonaro terá 76 deputados federais e 14 senadores.

Lula vai ao Palácio do Planalto e se encontra com auxiliares

É a primeira vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva despacha do prédio da Presidência desde que tomou posse, em 1º de janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou, no início da noite desta terça-feira (3/1), o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, onde permaneceu por pouco mais de uma hora.

egundo a assessoria do presidente, ele não teve nenhuma agenda específica, mas interlocutores confirmaram ao Metrópoles que Lula se encontrou com auxiliares palacianos.

É a primeira vez que Lula despacha do Palácio do Planalto desde que tomou posse, no domingo (1º/1). Nos últimos dias, agentes da Polícia Federal e servidores da Presidência têm preparado o gabinete presidencial para a chegada do presidente. A PF, por exemplo, tem feito uma varredura do prédio, por motivo de segurança. Reparos e trocas de móveis também são feitas.

Até então o presidente tem despachado do hotel onde está ficando hospedado desde o ano passado, em Brasília. Ainda não há uma previsão para que Lula assuma, de forma definitiva, o terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial.

Aliados querem descartar Bolsonaro e criar um novo líder

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é visto mais como a principal liderança da oposiçãopor parte de alguns aliados. Desde a sua ida para os Estados Unidos, um grupo de parlamentares e caciques partidários quer formar uma nova liderança para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Via: IG

A reclusão de Bolsonaro nos últimos dois meses do seu mandato e a  ida para outro paísforam vistas como atos de covardia por políticos que fizeram parte da base bolsonarista. Tais comportamentos colocaram em dúvida se o ex-chefe do Executivo federal tem personalidade suficiente para liderar um projeto de oposição pelos próximos quatro anos.

A opinião sobre o antigo mandatário do Brasil mudou de outubro para cá. Era quase que unânime que Bolsonaro havia provado que era popular e o único capaz de enfrentar o PT pelos próximos anos. No entanto, o diagnóstico passou a ser outro por parte de algumas lideranças políticas.

A compreensão é que milhões de votos conquistados pelo capitão da reserva partiram de eleitores que são antipetistas e esse grupo não terá nenhum problema em apoiar outro nome da direita. “Tarcísio [de Freitas], [Romeu] Zema e Ratinho [Jr.] possuem condições para terem o apoio dessas pessoas”, explica um deputado federal do Republicanos.

Também foi identificado que muitos bolsonaristas se frustraram com o comportamento de Bolsonaro em relação aos manifestantes que ficaram nas portas de quartéis. “Muitos se sentiram enganados. Depositaram uma esperança em uma pessoa que não fez nenhum esforço para protegê-los”, acrescenta.

Grupo quer uma nova liderança

O grupo quer um nome forte para liderar a oposição. Zema e Ratinho são vistos como os favoritos para ocupar o lugar de Bolsonaro. Tarcísio também é colocado com chances de ocupar esse espaço por governar o estado de São Paulo, mas sua personalidade é considerada um empecilho para ele ser o principal opositor de Lula.

No entanto, o grupo não terá vida fácil para descartar o ex-presidente. Os filhos e aliados fiéis de Bolsonaro garantem que seguirão defendendo o legado do antigo governante do Brasil. Além disso, o capitão da reserva afirmou que vai tirar um período de férias e retornará ao país para defender planos que servirão para enfrentar o PT.

Ex-candidata a prefeita está entre presos por suspeita de Ataques Terrorista em Brasília

A ex-candidata a prefeita da cidade de Tupã, em São Paulo, Klio Hirano é uma das pessoas presas por participar dos atos de vandalismo no centro de Brasília, em 12 de dezembro. Na manhã desta quinta-feira (29/12), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF) cumprem 32 mandados de busca e apreensão e prisão contra os suspeitos de envolvimento.

Via: Correio Brazilinse

Klio Hirano faz parte do grupo de pessoas que estava acampado em frente ao Quartel-General do Exército (QG). A publicitária bolsonarista usava as redes sociais para publicar fotos e vídeos do movimento. No Instagram, Klio fazia questão de postar vários registros ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL). A primeira foto ao lado do chefe do Executivo foi em maio de 2018.

Em 2020, Klio se candidatou pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) ao cargo de prefeita da cidade de Tupã. O Correio apurou que a publicitária foi presa pela Polícia Civil na noite dessa quarta-feira (28/12) em frente ao Palácio da Alvorada. Na ocasião, ocorreu uma espécie de manifestação no local. A prisão de Klio chegou a ser publicada minutos depois pela página Advogados de Direita, no Twitter.

Operação

A operação Nero tem o objetivo de identificar e prender os vândalos suspeitos de tentar invadir o Edifício-Sede da PF, além de atearam fogo em oito veículos, incluindo ônibus e carros, e depredaram a estrutura da 5ª Delegacia de Polícia (área central). As investigações tiveram início na Polícia Federal e na Polícia Civil do Distrito Federal. 

Os suspeitos teriam tentado invadir a sede da PF com o objetivo de resgatar o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré. As duas investigações foram encaminhadas, em razão de declínio de competência, ao STF.

A investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo.

Os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

Operação NERO tem Objetivo de Identificar e Prender Terroristas Envolvidos na Tentativa de Invasão da Sede da PF em Brasília

A operação Nero tem o objetivo de identificar e prender os vândalos suspeitos de tentar invadir o Edifício-Sede da PF, além de atearam fogo em oito veículos, incluindo ônibus e carros, e depredaram a estrutura da 5ª Delegacia de Polícia (área central)

Via: Correio Braziliense

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF) cumprem, na manhã desta quinta-feira (29/12), 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os envolvidos nos atos de vandalismo praticados em 12 de dezembro no centro da capital. Os mandados são cumpridos no DF, e nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação Nero tem o objetivo de identificar e prender os vândalos suspeitos de tentar invadir o Edifício-Sede da PF, além de atear fogo em oito veículos e depredar a estrutura da 5ª Delegacia de Polícia (área central).

As investigações tiveram início na Polícia Federal, visando identificar os envolvidos no ataque ao Edifício-Sede da instituição, e na Polícia Civil do Distrito Federal, a qual apurou os atos de vandalismo cometidos em Brasília.

Os suspeitos teriam tentado invadir a sede da PF com o objetivo de resgatar o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré. 

O conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo.

Os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somam 34 anos de prisão.

Bolsonaro deixa uma Dívida Pública Recorde de quase 6 Trilhões, diz Tesouro Nacional

Em outubro, o endividamento estava em R$ 5,78 trilhões. Dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal.

Via: G1

A dívida pública brasileira cresceu 1,6% em novembro deste ano e atingiu R$ 5,87 trilhões, informou nesta terça-feira (27) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em outubro, o endividamento estava em R$ 5,78 trilhões

A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar as despesas do governo acima da arrecadação com impostos e contribuições. 

Segundo o Tesouro Nacional, o aumento de R$ 92,56 bilhões do estoque da dívida em novembro em relação a outubro aconteceu devido: 

  • à emissão líquida (emissão superando os resgates) de R$ 41,25 bilhões em títulos da dívida do governo federal;
  • e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 51,31 bilhões.

Ainda na avaliação do Tesouro, o cenário externo foi positivo em novembro, com a expectativa de uma política monetária americana menos contracionista (juros não tão altos), após dados de inflação abaixo do esperado. 

Por outro lado, no Brasil, o cenário foi marcado por “elevada volatilidade e elevação do nível da curva de juros futuros (investidores cobrando juros mais altos)”, refletindo preocupações do mercado com incertezas fiscais para 2023.

Detalhes

Ainda de acordo com os dados do Tesouro Nacional, o custo médio da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu de 10,04% ao ano, registrado em outubro, para 10,16% ao ano, em novembro.

Em média, a dívida pública federal tem prazo de vencimento de 3,98 anos, ou seja, se o governo não rolasse a dívida, esse seria o prazo para quitá-la. 

Em relação à dívida interna, que corresponde quase a totalidade da dívida pública, as instituições financeiras seguem sendo os principais detentores dos títulos, com 28,7% de participação, seguidos por fundos de investimento (24,8%) e fundos de previdência (22,5%). 

Atentado: plano inicial do Bolsonarista, era explodir bomba em subestação de Taguatinga

Em confissão à polícia, George Washington De Oliveira disse que era contrário à explosão próximo ao aeroporto e havia decidido que detonaria o artefato na subestação de energia de Taguatinga. Assim, segundo ele, geraria o caos e garantiria a decretação do estado de sítio

Via: Correio Braziliense

O homem preso por armar uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília confessou à polícia que o plano inicial era outro. Morador da cidade de Xinguara, no Pará, George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, veio à capital em 12 de novembro para fortalecer o movimento dos manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército (QG) e lá teve a ideia, junto a outras pessoas, de explodir um artefato na na subestação de energia em Taguatinga.

A ideia era que a explosão na subestação provocasse falta de luz na região e, com isso, começasse o caos e resultasse na decretação do estado de sítio (medida em que o presidente da República suspende por um período temporário a atuação dos Poderes Legislativo e Judiciário).

Em depoimento à polícia, George relatou que na quinta-feira (22/12) manifestantes ocupantes do QG sugeriram a explosão de uma bomba no estacionamento do aeroporto. O plano era que, após o artefato ser detonado, os suspeitos fizessem uma denúncia anônima à polícia informando sobre a presença de outros dois explosivos na área de embarque. Foi quando, segundo ele, uma mulher deu a ideia de instalar um artefato na subestação de energia de Taguatinga.

O empresário chegou a ir ao local indicado pela mulher, mas o plano não teria evoluído, pois ela não apresentou o carro para transportar a bomba até a transmissora de energia. No entanto, um segundo rapaz apareceu e ficou convencido da ideia e sugeriu que a bomba fosse colocada próximo à subestação, pois seria mais fácil derrubar os postes. George alegou à polícia que, desde o começo, era contrário à explosão próxima ao aeroporto.

Investigação

De acordo com a apuração policial, George ficou, entre 22h e 5h de sexta-feira (23/12), na área do aeroporto até encontrar o melhor ponto para deixar o artefato explosivo. O empresário encontrou um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1, e apoiou a bomba no eixo do automóvel.

O artefato seria explodido por meio de um dispositivo remoto. A perícia da Polícia Civil do DF (PCDF) identificou que houve tentativa de detonar a bomba. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson Cândido.

Peritos preveem que seria muito provável que a quantidade de explosivo fosse hábil para romper o compartimento do tanque, mas ainda não há confirmações concretas. No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções

Morador do Pará, George deixou a mulher e filhos na terra natal e chegou à capital em 12 de novembro para fortalecer o movimento dos protestantes acampados em frente ao QG. O empresário viajou em uma caminhonete, em que trouxe, no interior do veículo, armas, munições e artefatos. Em Brasília, hospedou-se por um tempo em um hotel da área central. Depois, alugou um apartamento no Sudoeste pela plataforma Airbnb.

Na tarde desse sábado (24/12), o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília, por volta de 13h20. O material explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica por volta de 7h45. Os funcionários interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.

Com a PMDF no local, uma das pistas sentido ao Aeroporto de Brasília foi interditada. O procedimento para a remoção do objeto, que são duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadrão de Bombas da corporação. Às 13h20, o grupo desativou a bomba, e deixou o local logo após, seguido do CBMDF e da PF.

Em menos de 8 horas, investigadores da 10ª DP chegaram ao encalço de George. No apartamento e no carro dele, os policiais encontraram um arsenal, roupas camufladas, munições, espingardas e artefatos explosivos. “Ele estava em uma caminhonete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão”, falou o diretor-geral da PCDF.

No depoimento prestado à PCDF, o empresário confessou que pretendia distribuir armas e munições para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão acampados em frente ao QG, caso houvesse necessidade e orientação nesse sentido. Ele foi indiciado pela prática de terrorismo, posse e porte de armamento e munição e posse de artefato explosivo e teve a prisão flagrante convertida em preventiva pela Justiça.

Moraes dá 48 h para Torres e Ibaneis explicarem ações nos atos em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), estabeleceu um prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o governador do DF, Ibaneis Rocha, expliquem as medidas adotadas durante ações de bolsonaristas em Brasília. Na segunda-feira (12), um grupo queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal após a prisão de um líder indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Via: UOL

A medida atende a uma ação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que pede apuração dos atos de violência. O parlamentar falou em “escalada antidemocrática”. Moraes ressaltou que os fatos “ocorreram no contexto dos atos antidemocráticos” de pessoas insatisfeitas com o resultado da eleição, e que agiram com “violência e grave ameaça às pessoas”. Moraes também negou parte da ação que pedia a investigação e indiciamento da primeira-dama Michelle Bolsonaro no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos.

O senador citou Michelle como potencial financiadora de ações bolsonaristas após bolsonaristas divulgarem vídeos dizendo que a primeira-dama enviou sanduíches e refrigerantes para que eles se alimentassem.

O magistrado, porém, considerou que carece de elementos indiciários mínimos e que, portanto, não há justa causa para instauração da investigação. Moraes determinou o arquivamento.

Os ataques começaram depois de o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Serere, pelo prazo de 10 dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O indígena é figura constante em protestos que pedem intervenção militar. Hoje, o STF manteve a prisão temporária de Xavante. Os atos contra a prisão foram convocados nas redes bolsonaristas. No entorno da sede da PF, uma movimentada área com shoppings, hotéis e empresas —inclusive de comunicação—, ônibus e carros foram incendiados e tiveram seus vidros quebrados.

Os atos se assemelharam à tática black bloc. Policiais federais e militares do Distrito Federal usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Bolsonaristas revidaram com pedras. A reportagem do UOL testemunhou alguns bolsonaristas transmitindo ao vivo o confronto.

Eles reclamavam de uma suposta truculência das forças de segurança.