A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) contratou este ano “fantasmas” ligados a dois deputados bolsonaristas reeleitos — Soraya Santos (federal) e Dr. Serginho (estadual), ambos do PL-RJ.

Via: UOL
Para entender o escândalo em seis pontos.
Investigação do UOL Notícias, ao longo dos últimos dois meses, chegou a pessoas que receberam dinheiro da Educação no RJ para trabalhar pela reeleição de dois parlamentares;
Os pagamentos eram feitos com recursos que a Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), órgão do governo estadual, direcionou à Uerj;
Eles ganharam até R$ 26 mil por mês durante a campanha;
Esses aliados negam ter feito qualquer serviço para a universidade, apesar de constarem em listas enviadas em outubro pela instituição ao TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio);
Soraya e Dr. Serginho dizem desconhecer projeto da Uerj e afirmam não ter indicado ninguém. A universidade também nega irregularidades.
Na teoria, essas pessoas deveriam ter trabalhado em um projeto da Uerj, ainda em andamento, de implementação de espaços de qualificação profissional.
Cinco de seis contatados pela reportagem disseram não saber de nenhum trabalho na Uerj. Um desligou o celular após ser questionado especificamente sobre o serviço na universidade. Todos eles afirmaram, em entrevistas feitas pessoalmente ou por telefone, ter apoiado informalmente ou trabalhado para as campanhas eleitorais dos deputados do PL. Esse grupo recebeu R$ 325 mil brutos entre abril e agosto (último mês que consta nas planilhas), segundo as tabelas enviadas pela Uerj ao TCE-RJ.