
A Polícia Federal aponta o analista de sistemas Ricardo Foresti, 36, como autor de convocações para um confronto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163 em Novo Progresso, no sul do Pará. Segundo a investigação, Foresti chamou a população a um bloquear a estrada meia hora antes de uma operação da PRF destinada a liberar a via.
De acordo com um relatório da PF, Foresti enviou mensagem a um grupo de WhatsApp de moradores da cidade na véspera do confronto, afirmando que “a hora é essa”, e gravou um vídeo no local do confronto. Em seu perfil no Instagram, ele publicou fotos indicando estar acampado no local e ter participado da ocorrência com a PRF, que deixou um agente ferido.
No último dia 24, Foresti foi um dos dez alvos da operação “163 Livre”, que investiga atos em reação à derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). No local, a paralisação da rodovia havia se consolidado em 3 de novembro, quatro dias após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A paralisação começou um dia após uma convocação por vídeo de Claudia Kummer, uma pedagoga de 48 anos também investigada pela PF. Conforme mostrou o UOL Notícias, Ela é suspeita de ter “participação interestadual” na organização dos atos golpistas, mas está foragida há mais de uma semana.
Já Foresti e outros cinco investigados chegaram a ser alvos de prisão temporária — de 5 dias, prorrogados por mais 5 —, mas foram soltos na semana passada.
A reportagem tentou contato com Foresti por mensagens, mas não obteve resposta, e não foi possível localizar a advogada apontada no processo. Se houver manifestação da defesa, ela será incluída no texto.