‘Legado maldito’ de Bolsonaro: orçamento da assistência social para 2023 dá para 10 dias

Governo de transição identificou que a Assistência Social tem orçamento esfacelado, com lista de distorções graves e extensa

Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Ricardo Moraes)

Rede Brasil Atual –  O governo Bolsonaro deixa um “legado maldito” de “verdadeiro desmonte” na assistência, desenvolvimento social e combate à fome. O diagnóstico é do grupo técnico dedicado ao tema no Gabinete de Transição. Especialistas identificaram distorções, desmontes e possível abuso da máquina pública da campanha bolsonarista. “Os indícios são muito graves e os desdobramentos também”, resume o coordenador político dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante, em entrevista concedida na tarde de hoje (1º). O relatório com as conclusões finais deve ser apresentado no dia 11 de dezembro.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada nas eleições deste ano, faz parte do grupo de trabalho. Ela relatou que o Ministério da Cidadania hoje “tem cidadania só no nome”. A senadora explicou que todo o orçamento da pasta está comprometido com o Auxílio Brasil e o Auxílio Gás, programas inflados por Bolsonaro às vésperas das eleições sem previsão orçamentária prévia. De acordo com a análise do governo de transição, com o orçamento proposto pelo atual governo para 2023, a Assistência Social tem verbas para funcionar por apenas 10 dias. 

“Na questão orçamentária, houve corte em torno de 96% no orçamento da Cidadania. Poderia ser chamado de Ministério do Auxílio Brasil”, relata Simone. Primeiramente, o futuro governo Lula precisa de espaço fiscal para manter o Estado funcionando. Por isso, a importância da aprovação da PEC da Transição. “Precisamos de R$ 70 bilhões para manter o Bolsa Família. Mais também R$ 2 bilhões do Auxílio Gás. Fora isso, para que minimamente o Sistema Único de Assistência Social (Suas) funcione, mantendo unidades de atendimento, precisamos de R$ 2,6 bi nos valores atuais. Isso fora outros programas que foram extintos”, explicou Simone.

Visão tacanha
Além da questão orçamentária, a senadora relatou a “completa falta de vontade política do atual governo”. Paralisaram todo o conjunto de programas sociais que garantem direitos fundamentais.

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