Líderes da Record e Universal perderam R$ 8,7 milhões com bitcoins.

Via: UOL

Uma lista em poder do Ministério Público Federal mostra o tamanho do prejuízo que Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, causou a fiéis, pastores, bispos e seus familiares, tanto na RecordTV como na Igreja Universal. A coluna obteve com exclusividade uma lista com cerca de 160 pessoas. Todos são fiéis da da igreja ou trabalham na Record; muitos deles também têm parentes que perderam dinheiro.

Somente essas 160 pessoas da lista levaram um prejuízo de R$ 8,71 milhões. Quem atraiu e fez todas as operações com as vítimas foi Fabiano Freitas, ex-pastor da igreja.

Farsa dos 10% ao mês

Os fiéis e funcionários da Record foram seduzidos com promessas de retorno de 10% ao mês sobre seus investimentos – para efeito de comparação, isso é o que as instituições financeiras costumam pagar aos seus clientes em um ano.

Algumas pessoas perderam as economias de toda uma vida, pois Acácio “sumiu” com o dinheiro. Todos da lista são considerados vítimas e testemunhas no caso. O “faraó dos bitcoins” movimentou ao menos R$ 38 bilhões, segundo autoridades. Somente um fiel da Universal e ex-jogador de futebol, aposentado, e que atuou no XV de Piracicaba e no Juventude, por exemplo, perdeu sozinho R$ 1,1 milhão. Outro que sofreu prejuízo foi Anderson Souza, diretor de dramaturgia da Record: cerca de R$ 100 mil. A família do deputado Marcos Pereira, famoso articulador e operador dos interesses da Universal e de Edir Macedo no Congresso, perdeu cerca de R$ 420 mil.

Bispo Renato avisou.

Como esta coluna publicou no ano passado com exclusividade, o bispo Renato Cardoso, genro de Edir Macedo e co-apresentador do programa “The Love School”, da Record, já tinha conhecimento da atuação do “faraó dos bitcoins”. Renato, que é considerado hoje o principal herdeiro espiritual de Macedo, chegou a ameaçar denunciar à Receita e à polícia lideranças e fiéis da igreja que estavam abrindo empresas de fachada ou investindo em bitcoins em parceria com “laranjas” ou contadores. A reportagem então mostrou trechos das advertências de Renato, que é temido, respeitado e tido dentro da Universal como incorruptível.

Preso e bem votado

O faraó Acácio é ex-pastor da igreja Universal e está preso. É acusado de formação de quadrilha, organização criminosa e até tentativa de homicídio. Apesar disso concorreu ao cargo de deputado federal pelo Rio e somou 37 mil votos, mas não se elegeu. O MP já havia pedido ao TSE a impugnação de sua candidatura. À Justiça Eleitoral, ele declarou ter patrimônio de R$ 60 milhões. Outro lado Procurada, a UNIcom, porta-voz da Universal, não se manifestou; nem a RecordTV..

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