Atirador que matou dois jovens em show sertanejo no interior de SP é PM

Policial de 25 anos deu versão pouco verossímil para a tragédia, negou que estivesse brigando com a esposa, que também é PM, e seu advogado disse “lamentar as mortes”

Via: Revista Forum

O autor dos disparos que mataram dois jovens durante um show de música sertaneja em Piracicaba, no interior de São Paulo, na madrugada do último domingo (20), é um policial militar de 25 anos. Ele se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (22) e foi encaminhado para a Corregedoria da PM paulista.

Em meio à multidão que se divertia no Festival Fervo, o policial não identificado sacou uma pistola, atirou e acabou matando Leonardo Victor Cardoso, de 26 anos, e a estudante de odontologia Heloise Magalhães Capatto, de 23. Outros dois espectadores também foram atingidos pelos projéteis, mas sobreviveram e passam bem.

As informações iniciais apontavam para uma suposta briga de casal. Quando outros participantes da festa intervieram para apartar a confusão, o criminoso teria sacado a arma e efetuado os disparos contra a multidão. No entanto, o advogado que defende o PM, Adilson Borges, disse que seu cliente não estaria brigando com a esposa, que também é PM. Ele apenas teria contado que “repentinamente percebeu uma confusão generalizada” e então “notou que estava em meio ao conflito sem saber o porquê”, momento em que “sacou a arma para se proteger”, “sem a intenção em momento algum de ferir alguém”.Borges disse ainda que, “inicialmente queria lamentar profundamente as mortes ocorridas e prestar condolências às famílias das vítimas”.

O PM autor dos tiros que mataram os dois jovens, segundo a delegada Juliana Ricci, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), é lotado em um batalhão da Zona Leste da capital paulista. A perícia da Instituto de Criminalística (IC) recolheu cinco cápsulas de pistola deflagradas no local do crime, mas a arma utilizada pelo militar não foi apresentada ainda por ele à responsável pelo inquérito.

No fim desta tarde, após prestar depoimento em Piracicaba, o policial acusado foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo, onde ficam os PMs acusados e condenados por cometer crimes no estado.

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