Com recorde de 600 novos óbitos confirmados em 24h, Brasil soma 7.921 mortes por covid-19

Brasil é o 7º país do mundo com maior número de mortes.

Via: HUFFPOSTBRASIL

O número de mortes causadas pela covid-19 no Brasil chegou a 7.921 segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde às 19h desta terça-feira (5). Em relação ao balanço divulgado às 20h desta segunda-feira (4), foram 600 novos óbitos confirmados, um recorde, que representa aumento de 8%.

No mesmo período, foram registrados 6.935 novos casos, crescimento de 6%. Ao todo, os casos confirmados somam 114.715.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira, o total o de novas mortes por covid-19 não representa mortes nas últimas 24 horas, mas mortes que tiveram a causa confirmadas neste período. “São mortes que aconteceram há 4, 5 semanas atrás”, disse nesta terça. Entre os 600 novos óbitos contabilizados, 25 ocorrem nesta terça; 51 foram na segunda e 48 no domingo.

Desde segunda, a pasta passou a divulgar dois boletins diários. Um previsto para 15h, com dados preliminares, e outro para 19h.

O maior número de diagnósticos positivos no balanço mais recente está no estado de São Paulo, com 2.851 óbitos e 34.053 casos. Em seguida, aparece Rio de Janeiro, com 1.123 mortes, depois Ceará (795), Pernambuco (749) e Amazonas (649).

Há uma escalada no avanço da pandemia nos últimos dias. Em 28 de abril, foi registrado um recorde diário de mortes confirmadas em 24 horas: 474. O patamar seguiu alto nos dias seguintes. O total de óbitos confirmados entre 28 de abril a 3 de maio foi de 2.482.

Após o volume expressivo de mortes em 24 horas no dia 28, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu o agravamento da crise sanitária, mas não anunciou qualquer ação específica.

A expectativa é que o número atual de óbitos seja maior devido à demora no resultado dos exames. Como o HuffPost vem noticiando, a lentidão no resultado de testes laboratoriais, que detectam tanto a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados oficiais.

Essa demora também se reflete no número de contaminações no País. Há uma subnotificação de casos confirmados ainda maior devido à limitação de testes de diagnóstico. O exame tem sido direcionado apenas aos casos graves. Desde o início da pandemia no País, a orientação tem sido para que apenas pacientes com sintomas severos procurem o sistema de saúde.

De acordo com boletim epidemiológico divulgado pelo ministério em 27 de abril, até o dia anterior (26), haviam sido registrados 360.005 exames no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), dos quais 224.196 (62,3%) já haviam sido realizados. Entre os demais exames, 43.803 foram solicitados eletronicamente, mas as amostras ainda não foram recebidas no Laboratório Central e 92.006 encontravam-se em análise no laboratório.

Dos 224.196 exames realizados, 41.792 (18,6%) apresentaram resultado positivo/detectado para vírus respiratórios. Diferentemente dos dados divulgados diariamente pela pasta, esse balanço de testes processados não inclui resultados de laboratórios particulares.

Quanto à subnotificação de mortes, de acordo com o boletim, “o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Brasil é robusto e apresenta baixa subnotificação”. Segundo o documento, os estados e municípios estão sendo orientados a priorizar a inserção de óbitos com suspeita ou confirmação de covid-19 no sistema, “de modo a agilizar o processo de investigação desses óbitos”.

O ministério alerta que fazem parte do grupo de risco pessoas acima de 60 anos, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. “Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.”

Segundo o mapeamento do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, foram confirmados 3,7 milhões de casos da covid-19 no mundo inteiro e mais de 256 mil mortes, de acordo com dados atualizados na segunda-feira (4). O Brasil está em 9º lugar no mundo no número de casos e no 7º lugar no número de óbitos.

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