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SÃO PAULO – Em mais um dia de dólar forte contra emergentes no exterior, o ritmo dos negócios no exterior e o cenário político local direcionam a trajetória dos ativos de câmbio e juros futuros nesta quinta-feira. Em meia hora de operações, o dólar comercial estava a R$ 3,9688, alta de 0,35%, mas, na máxima, já registrou R$ 4,0156. Ontem, a moeda moeda americana subiu 2,27%, fechando a R$ 3,95.
Na cena brasileira, os desentendimentos entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso devem continuar e influenciando os negócios. Ontem, o presidente rompeu a trégua e voltou a hostilizar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Ele atribuiu novamente a irritação do deputado a “questões pessoais”, numa referência à prisão do sogro de Maia, o ex-ministro Moreira Franco, que já foi solto assim como o presidente Michel Temer.
Bolsonaro, em entrevista, evitou se responsabilizar pela falta de articulação política que tem prejudicado a formação de uma base de apoio à aprovação da reforma da Previdência. Bolsonaro voltou a afirmar que não mudará de postura e não conversará com parlamentares individualmente para conquistar votos para a reforma. Maia rebateu dizendo que está na hora do presidente parar de brincar e começar a trabalhar. “Abalados estão os brasileiros que estão desde 1º de janeiro esperando que o governo comece a funcionar”, retrucou o líder da Câmara em resposta às declarações do líder do Executivo.
Os investidores também devem ajustar suas posições diante das informações do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central, divulgado nesta quinta-feira.
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