Vereadora Denize Portollan do Partido de Bolsonaro, é presa na Operação Pregão

Ex-secretária de Educação foi um dos três alvos de mandado de prisão temporária expedidos pela Justiça por fraudes em licitação em Dourados

Via: ContraPontos

A “Operação Pregão”, desencadeada nesta quarta-feira (31) pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para combater fraudes em processos licitatórios na Prefeitura de Dourados resultou na prisão da vereadora Denize Portolann de Moura (PR). Ex-secretária municipal de Educação, ela foi alvo de um dos quatro mandados de prisão expedidos pela Justiça e cumpridos nesta manhã. Os outros três nomes ainda não foram confirmados.

Nomeada secretária de Administração pela prefeita Délia Razuk (PR) logo no primeiro dia do atual governo municipal, em 1º de janeiro de 2017, Denize passou a ser titular da Educação em março do ano passado, depois que Audrey da Silva Milan Conti pediu exoneração da secretaria.

Mais recentemente, no dia 26 de fevereiro deste ano, Denize pediu para deixar o cargo em meio à crise da dispensa de alunos por falta de professores nas escolas e centros de educação infantil do município. Dias antes, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) havia cumprido mandados de busca e apreensão nas dependências da Secretaria de Educação como parte de processo que aponta irregularidades nas contratações de professores temporários no município. (clique aqui para ler mais)

No entanto, como era a primeira suplente da coligação “Por Amor a Dourados I”, Denize assumiu uma vaga na Câmara de Dourados no dia 12 de setembro no lugar de Antônio Braz Genelhu Melo (PSC), que perdeu o mandato do vereador por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), responsável por julgar processo de quando ele foi prefeito de Dourados e no qual foi condenado. Nesta quarta-feira, o jornalista Sidnei Lemos, repórter Bonka da 94FM, confirmou com um advogado de Denize que ela foi alvo de mandado de prisão preventiva, com prazo de 5 dias. A Operação Pregão teria sido motivada por uma dispensa de licitação irregular feita quando ela era secretária de Educação, no valor de quase R$ 2 milhões e com sobre preço apontado pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) superior a R$ 330 mil. (clique aqui para ler mais)

Em nota, a Câmara de Dourados alegou que “obteve informações referentes a operação através dos veículos de comunicação”. Acrescentou que “não foi informada pelos órgãos competentes sobre a identidade e motivos das prisões” e que “se manifestará caso seja notificado oficialmente”.(André Bento/94FM)

DEPUTADO CRIA DISQUE-DENÚNCIA CONTRA ASSÉDIO A PROFESSORES

O deputado estadual Carlos Giannazi, do Psol, criou um disque-denúncia para que professores denunciem casos de assédio nas escolas, lembrando que a perseguição ideológica, inspirada em projetos como o Escola sem Partido, é crime. Confira o vídeo e reportagem da Rede Brasil Atual:

O Ministério Público Federal (MPF) em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, passou a recomendar às instituições de ensino superior da região “que se abstenham de qualquer atuação ou sanção arbitrária em relação a professores, com fundamento que represente violação aos princípios constitucionais e demais normas que regem a educação nacional, em especial quanto à liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber e ao pluralismo de ideias e de concepções ideológicas”.

Assinada pelo procurador da República Carlos Humberto Prola Junior, a Recomendação 22, datada de ontem (29), é uma resposta a representações recebidas depois que a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL, partido de Jair Bolsonaro) divulgou mensagem para que estudantes filmem e denunciem professores que ela chama de “doutrinadores”.

Para o MPF, “além de configurar flagrante censura prévia e provável assédio moral em relação a todos os professores do estado de Santa Catarina – das instituições públicas e privadas de ensino, não apenas da educação básica e do ensino médio, mas também do ensino superior –”, a conduta da futura deputada “afronta claramente a liberdade e a pluralidade de ensino”.

Na Recomendação, o Ministério Público diz ainda que a educação consagra um paradigma “civilizatório”, visando “ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania – e não apenas sua qualificação para o trabalho –, tendo entre seus princípios a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber e o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas”.

Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases “estabelece como princípios do ensino no país o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, a valorização da experiência extra-escolar, a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais e a consideração com a diversidade étnico-racial”.

Confira aqui a íntegra do documento.

Nas redes sociais, a manifestação da futura deputada fez com que alguns lembrassem de um conhecido ato da ditadura, o Decreto-lei 477, de 1969, que criou punições para professores, alunos ou funcionários de escolas que cometessem “infrações disciplinares”. Por infração, entenda-se, inclusive, greves, passeatas e uso do recinto escolar “para fins de subversão”.

CIRO DIZ QUE O PT ELEGEU BOLSONARO E CHAMA LEONARDO BOFF DE ‘BOSTA’

O terceiro colocado nas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT), quebrou o silêncio e voltou a fazer duras críticas ao PT, a Lula e a Fernando Haddad; ele nega ter ‘lavado as mãos’, diz que Gleisi Hoffmann e Frei Betto são ‘bajuladores’ e que negou ser vice na chapa do ex-presidente Lula porque aquilo “era uma fraude”; em tom de ressentimento e demonstrando ainda estar com a cabeça nas eleições, Ciro chegou a chamar o teólogo Leonardo Boff de ‘bosta’ – sic – e se queixou do acordo firmado entre PT e PSB que o deixou isolado na disputa; ele ainda diz que “o PT elegeu Bolsonaro” e que foi “traído por Lula”; sobre ter deixado o país em pleno segundo turno das eleições, ele diz que se sentiu “impotente”

Na entrevista concedida ao jornalista Gustavo Uribe, do jornal Folha de S. Paulo, Ciro Gomes explica porque não declarou voto a Haddad: “Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT”.

Ele ainda comenta a frase dita tempos atrás sobre sair da vida pública caso Bolsonaro vencesse: “Eu disse isso comovidamente porque um país que elege o Bolsonaro eu não compreendo tanto mais, o que me recomenda não querer ser seu intérprete. Entretanto, do exato momento que disse isso até hoje, ouvi um milhão de apelos de gente muito querida. E, depois de tudo o que acabou acontecendo, a minha responsabilidade é muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora da luta. O país ficou órfão”.

Ciro surpreendeu em vários momentos a reportagem do jornal, indo na contramão do discurso de esquerda. Sobre os ataques feitos à Folha por Jair Bolsonaro, ele lavou as mãos. O jornalista Gustavo Uribe pergunta “e os ataques feitos pelo Bolsonaro à Folha? É uma ameaça?”. Ciro respondeu: “Não considero, não. A Folha tem capacidade de reagir a isso e precisa ter também um pouco de humildade, de respeitar a crítica dos outros”.

Sobre sua viagem à Europa em pleno segundo turno das eleições, Ciro alegou “impotência”: “Descaso não, rapaz, é de impotência. De absoluta impotência. Se tem um brasileiro que lutou, fui eu. Passei três anos lutando”.

Ao responder se votou em Fernando Haddad, Ciro mais uma vez se nega a responder diretamente e manifesta profunda irritação, fazendo uma crítica raivosa ao teólogo Leonardo Boff: “Vou continuar calado, mas você acha que votei em quem com a minha história? Eles podem inventar o que quiserem. Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira da Petrobras? O Lula sabia porque eu disse a ele que, na Transpetro, Sérgio Machado estava roubando para Renan Calheiros. O Lula se corrompeu por isso, porque hoje está cercado de bajulador, com todo tipo de condescendências”.

Depois, Ciro nomeia quem ele considera os ‘bajuladores’ e acusa o PT de fraude: “É tudo. Gleisi Hoffmann, Leonardo Boff, Frei Betto. Só a turma dele. Cadê os críticos? Quem disse a ele que não pode fazer o que ele fez? Que não pode fraudar a opinião pública do país, mentindo que era candidato?”

Sobre ser convidado a ser vice de Lula, ele diz: “Porque isso é uma fraude. Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado”.

Show de horrores: conheça os 9 Ministros cotados por Bolsonaro

Corruptos, escravistas, defensores de educação por Whatsapp, magnatas e militares estão entre os já 9 indicados, dos 15 Ministérios, com os quais Bolsonaro pretende governar na Esplanada. Segundo o capitão, não haverá mais a necessidade de 29 ministérios, e os cargos não estão em negociação.

Via: Esquerda Diária

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O mais cotado para Chefe da Casa Civil (o ministro mais importante da Esplanada), que também se encarregará das relações com o Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado), é o golpista recentemente reeleito Deputado Federal Onyx Lorenzoni (DEM – RS), corrupto confesso por ter recebido R$100mil dos irmãos Batista da JBS, citado também na delação da Odebrecht e tendo seu processo arquivado sem investigações pelo Ministro do STF Luiz Fux, o mesmo que vetou arbitrariamente o direito de Lula dar entrevista, direito já concedido a condenados por crime lesa humanidade. Lorenzoni, ligado a Cosan, um dos maiores grupos ecooômicos privados do agronegócio do país, também recebeu financiamento para sua recente campanha de fazendeiros e executivos flagrados empregando trabalho escravo, que doaram a quantia de 10,7$ milhões de reais tirado das minímas condições de dignidade de vários trabalhadores. O possível Ministro também foi o relator na Câmara dos Deputados do projeto “Dez Medidas de Combate à Corrupção” (sic), que nasceu da seletiva, arbitrária e golpista Operação Lava Jato.

Para o Ministério da Educação, que deve abarcar os da Cultura e dos Esportes, o favorito é nada menos que a principal referência em Ensino a Distância no país, o empresário Stravos Xanthopoylos, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e Ex-diretor da FGV Online. Junto com Bolsonaro, elaborou a absurda proposta de que o ensino público brasileiro seja a distância, desde o Ensino Fundamental. Afirma que se ele próprio colabora com a campanha, e se comunica no dia a dia, pelo whatsapp, “por que não incorporar no processo educacional?”. Com o falso discurso de que assim a educação seria mais acessível para os pobres do campo, quer retirar o direito de todas as crianças ao convívio escolar e o acompanhamento pedagógico presencial de um profissional qualificado. Para ele, os professores estariam bem melhor como “curadores de conteúdo” do novo sistema de ensino do século XXI, adaptado às novas relações de trabalho modernas (leia-se flexibilizadas e precarizadas à la Reforma Trabalhista), do que em sala de aula falando sobre minorias. O “candidato a Ministro” repudia as cotas raciais, o debate de gênero, e é defensor intransigente do Escola Sem Partido. Stravos afirmou à GloboNews não se opor a militarização das escolas enquanto ainda não sejam substituídas pelo sistema educacional via whatsapp. Sistema que, não por acaso, deve ser desenvolvido e implantado por grupos ligados ao capital imperialista norteameriano, do qual ele próprio faz parte, como o “The Open Education Consortium“, entre outros para o qual ele próprio presta consultoria através de sua empresa internacional SPX Consultoria Empresarial, abocanhando assim milhões dos cofres públicos.

O Ministério da Saúde deve ser assumido pelo milionário pecuarista Henrique Prata, Diretor-Geral do Hospital de Amor de Barretos, que já declarou aceitar o cargo. Dono de uma das maiores fortunas do negócio do gado do Centro-Oeste e do país, Prata é um magnata influente e maior referência do modelo de saúde privada financiada pelo dinheiro público, o famoso hospital de Barretos é administrado pela Fundação Pio XII, do próprio empresário, e é sustentado pelo dinheiro de grandes empresários e uma gorda verba pública de milhões mensalmente. Inspirado em modelos americanos, baseado na gestão privada e na terceirização do trabalho, é o homem perfeito para, ao invés de aplicar o dinheiro público necessário no serviço público, passar os hospitais públicos do país para as mãos de OS’s e Fundações, que visam tornar a saúde fonte de lucro e não um direito social, e que via de regra, estarão muito mais próximo da precarização que vemos na quase totalidade dos hospitais desse modelo, do que da excepcionalidade que é o hospital gerenciado pelo empresário.

Como não poderia faltar, o hall de reacionários inimigos dos trabalhadores é composto por ao menos três militares. O assessor de Bolsonaro, e General da Reserva Augusto Heleno, é indicado para o Ministério da Defesa. A primeira vez, desde a redemocratização do Brasil, que um militar assumiu tal Ministério foi no governo golpista de Temer. Agora, vai assumir a pasta o General que comandou a operação “de paz” no Haiti, parceria do Governo do PT com a ONU em 2004, que consumia quase R$1 bilhão do orçamento nacional, e que deixou ao final de seus 13 anos um saldo de milhares de negros mortos e mulheres estupradas ou obrigadas a se submeterem ao abuso por um prato de comida. Na intervenção no RJ, seu modelo de “segurança pública” para o Brasil, Heleno defende total liberdade para o exército matar nas favelas, com garantias de que não haja nenhuma comissão da verdade, pois sem isso os resultados seriam “pífios”. Essa será a “defesa” do governo Bolsonaro, a maior repressão possível, em especial para os negros e pobres, para garantir a aplicação das reformas e dos planos draconianos dos demais ministros.

O segundo militar é Osvaldo Ferreira, General quatro estrelas da reserva, escolhido para comandar o Ministério dos Transportes, aparentemente o reacionário tem sido uma espécie de articulador político do Bolsonaro em Brasília, supostamente para auxiliar na construção de um plano de governo, sem dúvidas ao gosto das Forças Armadas, e de seu verdadeiro Comandante-em-Chefe que é a Casa Branca dos EUA ao qual querem garantir a subordinação do Brasil. O defensor da ditadura, do qual ele mesmo fez parte, participou nesse período da construção da criminosa BR-163, e se orgulha de ter acompanhado o vasto desmatamento “desde a primeira árvore”, e de ter sido parte do massacre de comunidades indígenas para roubar suas terras e abrir espaço à rodovia conhecida como Cuiabá-Santaréb. Por fim, mas não menos reacionário, o Tenente-coronel da Reserva da Força Aérea Brasileira e astronauta Marcos Pontes, para chefiar o Ministério de Ciência e Tecnologia. Suplente do recém eleito Senador Major Olímpio, líder do PSL e da campanha de Bolsonaro, Pontes defende a liberação do porte de armas, a venda das reservas indígenas, o encarceramento da juventude negra, e provavelmente será um homem de ferro para aplicar os investimentos “tecnológicos” necessários para aumentar a repressão e perseguição aos ativistas e movimentos sociais que ele tanto odeia.

A possível nomeação do ruralista Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), para o Ministério da Agricultura e Meio Ambiente chega a soar como uma piada de muito mal gosto. Infelizmente será a realidade que teremos que encarar se a vitória de Bolsonaro se concretizar no dia 23 desse mês. Garcia é um dos homens de confiança do presidenciável, além de seu cabo eleitoral, conhecido por ser uma liderança do agronegócio contra o movimento sem terras, os indígenas e os quilombolas, e acusado de organizar milícias no campo para ataca-los. Uma de suas propostas mais importantes é o fim das multas por desmatamento, que pra o latifundiário não passa de uma forma de “arrecadar dinheiro para a União”, além de defender a necessidade de acabar com a Funai, o Ibama e o Ministério Público, por supostamente não respeitarem a propriedade privada dos megalatifundiários. Aparentemente, o Meio Ambiente não foi ainda incluído na lista de preocupações do novo Ministro.

O presidente interino do PSL e braço direito inseparável de Bolsonaro, o advogado Gustavo Bebianno, é o Ministro da Justiça dos sonhos da eventual Esplanada dos Horrores, mas que ainda não aceitou a honraria. Uma espécie de fanático por Bolsonaro, tendo se articulado por anos para chegar ao militar, Bebianno é declaradamente contra os direitos humanos e as liberdades democráticas, ator do golpe institucional desde o início das articulações, declarou em vídeo divulgado pelo “O Globo” que não tem problema com opção sexual, o que o faz “perder a razão” é “ser viadinho”. Para ele, é preciso fazer política “na base da porrada”, pois o Brasil “precisa ser pacificado”. Defensor de agilizar as vias legais para que a Reforma da Previdência seja encaminhada com Temer ainda em 2018 (desacordo com o colega Onyx, Chefe da Casa Civil, que a vê como muito branda), Bebianno anunciou à agência Reuters que a Petrobrás será privatizada, mas só depois de tirar todos petistas da gestão, prioridades.

O já conhecido “Posto Ipiranga” de Bolsonaro, Paulo Guedes, escravista e testa de ferro do plano econômico de Bolsonaro, assumiria a pasta do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, que pode agregar ainda o Comércio Exterior. Com grande poder concentrado em suas mãos, Guedes, para governar pro grande capital contra os trabalhadores, já está preparando um time de mega empresários composto por Alexandre Bettamio, presidente executivo para a América Latina do Bank Of America, João Cox presidente do conselho de administração da TIM, e Sergio Eraldo de Salles Pinto, da Bozanno Investimentos (gestora de investimentos presidida pelo próprio Guedes). Para a Folha de SP, defendeu que é preciso privatizar tudo).

“Por que não vender os Correios? A Petrobrás?”, a vontade de Bolsonaro é pelo que menos 50 estatais passem para a mão de empresários no primeiro ano. Segundo Guedes, essa é a melhor forma de garantir o pagamento da fraudulenta e ilegítima dívida pública, e assim a passagem de bilhões do dinheiro público para banqueiros. Suposto paladino contra a corrupção, o empresário dono de diversas empresas que seriam favorecidas num governo Bolsonaro, foi recentemente apontado pela Justiça Federal de participar com uma delas de uma fraude milionária que roubou dinheiro público dos fundos de pensão do BNDES. Não surpreendentemente, as investigações de sua fraude bem sucedida não avançaram.

A má notícia é que ainda faltam 6 nomes para completar o time selecionado a dedo para operar um verdadeiro massacre aos trabalhadores e setores oprimidos do nosso país. A boa, é que todo esse plano nefasto pode encontrar uma pedra intransponível no meio do caminho, a resistência das trabalhadores e trabalhadores encabeçando a luta dos pobres e oprimidos contra esse avanço sem precedentes dos empresários sobre os nossos direitos e nossas vidas.

Nós do Esquerda Diário e do MRT que temos nos posicionado firmemente contra a extrema direita, mas, apesar de acompanharmos todos os setores que repudiam Bolsonaro e seu grupo de defensores da escravidão do povo e da volta à Ditadura Militar no voto crítico à Haddad, alertamos que o PT é totalmente impotente para enfrentar essa situação catastrófica. Depois de governar com os empresários da direita, assimilar a corrupção e atacar os trabalhadores abriu espaço pro golpe institucional. Sua estratégia de canalizar toda a resistência para as urnas, sufocando todos os grandes sindicatos que dirige ao lado do do PCdoB de Manuela D’Avila, fracassou frente o golpe, a Lava-Jato e só serviu para nos trazer diretamente às portas da vitória de Bolsonaro.

Para estar à altura de enfrentar e derrotar Bolsonaro e seu bloco reacionário, é preciso organizar imediatamente em todos os lugares, postos de trabalho, universidades e escolas, uma força militante através de comitês de base. Que imponha a essas Centrais Sindicais traidoras a convocação de assembleias e a unificação de todas as trabalhadoras e trabalhadores em uma frente única, uma força gigante que retome a confiança dos trabalhadores que hoje caem nas mentiras de Bolsonaro mas nada tem em comum com ele, e que mostre a essa extrema direita nojenta que são eles quem devem nos temer, que nós mulheres, trabalhadoras, negros, lgbt’s, indígenas, sem-terras e sem-tetos somos muito mais fortes e podemos ser os donos de nosso próprio destino.

Deputada da Extrema Direita do PSL de Bolsonaro, vive em apartamento do Minha Casa, Minha Vida

Via: O GLOBO

Ana Caroline Campagnolo, deputada estadual eleita em Santa Catarina — aquela que pediu que alunos filmem os professores em sala de aula — se apresenta como antipetista, mas vive em um apartamento financiado justamente por um programa do PT: o Minha Casa, Minha Vida.

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Ela, inclusive, processou a cooperativa Habitacional de Chapecó alegando que o valor do financiamento que recebeu era inferior ao valor do apartamento. Acusou, inclusive, a cooperativa de corretagem às avessas.

A juíza Nadia Schmidt considerou a ação improcedente porque o valor do financiamento não precisa ser obrigatoriamente o integral do imóvel e que era obrigação de Ana Caroline ter lido o contrato.

A deputada eleita recorre da decisão.

Estudantes vão à escola de roupas pretas como sinal de resistência após vitória de Bolsonaro

Colégio Rosário foi um dos locais em que ocorreu ato de resistência por parte dos alunos | Foto: Reprodução/ Twitter

Débora Fogliatto

Via: SUL21

Em pelo menos três escolas de Porto Alegre, estudantes foram às aulas usando roupas pretas na manhã desta segunda-feira (29) como forma de demonstrar que se opõem à eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como próximo presidente do Brasil. Os alunos dos colégios Aplicação e Bom Conselho também levaram faixas e placas, enquanto no Marista Rosário eles fizeram um ato simbólico dando as mãos e formando um grande círculo no pátio da instituição.

Os protestos ocorreram de forma orgânica, segundo o estudante do Bom Conselho José de Almeida Lemos, de 15 anos, que conta que na noite de domingo (28) começaram a circular fotos nos stories do Instagram sugerindo que quem havia ficado triste com os resultados usasse roupas pretas para ir à escola. Por isso, um grande número de estudantes acabaram aderindo ao chamado.

De acordo com José, os professores da escola não se manifestaram de forma contrária ao protesto, nem a coordenação. “Tiveram dois alunos, eleitores do Bolsonaro, que tiraram fotos no momento que estava ocorrendo o protesto e encaminharam para a coordenação. A coordenação não procurou ninguém que estava protestando pra falar sobre o assunto”, contou.

Além das vestimentas, os estudantes do Bom Conselho também levaram uma faixa escrito “resistência” e bandeiras LGBT. Também havia bandeiras do movimento no Rosário, onde os estudantes entoaram “seremos resistência”. No Aplicação, eles tiraram uma foto com cartazes que formam as palavras “ele não”.

A educação tem sido um dos campos de mais disputa nessas eleições, assim como na política em geral nos últimos anos. Em todo o país, defensores do programa Escola Sem Partido ganham espaço e influência, alegando que há “doutrinação política” ocorrendo nas escolas. Durante a campanha, diversas instituições de ensino tiveram seus banheiros pichados com dizeres preconceituosos, especialmente racistas, e a Universidade de Brasília chegou a ter livros de direitos humanos de sua biblioteca rasgados.

Ao mesmo tempo, as escolas e universidades também se transformaram em espaços de resistência e luta contra a ameaça de um governo autoritário. Na última semana, diversos campi chegaram a ser invadidospor policiais federais e militares por supostamente terem recebido manifestações de cunho eleitoral. Em Porto Alegre, uma faixa foi tirada da Escola Estadual Padre Reus na semana anterior, e um evento pela democracia foi transferido para o Viaduto Brooklyn após ser proibido de ocorrer de Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

No Ceará, um professor de uma escola em Fortaleza foi criticado por defensores de Bolsonaro e acusado de “doutrinação comunista” após exibir o filme “Batismo de Sangue”, que conta a história de dois freis católicos torturados durante a ditadura militar por se oporem ao regime. Mas nesta segunda-feira, o professor foi saudado por seus estudantes, que lotaram os corredores do colégio aplaudindo o docente quando ele chegou à instituição.

Em Santa Catarina, a deputada eleita Ana Caroline Campagnolo, do partido de Bolsonaro, fez uma publicação em suas redes sociais pedindo que os estudantes filmassem e enviassem para um número telefônico quaisquer “manifestações político-partidárias ou ideológicas” por parte dos professores. Diversos sindicatos da região, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC, divulgaram nota em que consideram a sugestão da deputada um “assédio e uma perseguição em ambiente escolar, algo que remonta aos tempos da ditadura civil-militar brasileira”.

Bolsonaro exige que alunos gravem aulas para poder perseguir e processar professores

Via: Esquerda Diário

Bolsonaro orienta alunos gravarem professores que considerem estar “doutrinando” alunos em sala de aula. Em resposta à um apoiador, Bolsonaro afirma ter uma “surpresinha” para os professores que quiserem processar alunos. Veja vídeo.

Em reposta à apoiador, Jair Bolsonaro, eleito presidente ontem, aproveita a onda de sua aliada da deputada catarinense Ana Carolina Campagnolo (PSL) que orientou que alunos filmem aulas e denunciem professores que eles considerem estar fazendo “doutrinação”.

“A professora que quer te processar, entra em contato conosco, eu tenho uma surpresinha pra ela também”, afirma Bolsonaro no vídeo em resposta ao seu seguidor. e logo em seguida orienta à todos que filmem professores e divulguem aulas pela internet: “orientação que dou pra toda garotada no Brasil vamos filmar o que acontece na sala de aula e vamos divulgar isso aí”.

O programa de governo de Bolsonaro, intitulado projeto Fênix, dedica algumas páginas para atacar o que a extrema-direita reacionária chama de “doutrinação” nas salas de aula. Cotado como possível ministro da Educação de Jair Bolsonaro, o general Aléssio Ribeiro já deu declarações que mostram qual o verdadeiro projeto educacional que será levantado, colocando o criacionismo e a Teoria da Evolução em pé de igualdade e dizendo que os livros de história “não contam a verdade sobre 64”.

Na realidade, Bolsonaro e a escória da extrema-direita querem na realidade atacar o direito à liberdade crítica do pensamento nas escolas, impedindo que debates importantes sejam realizados no ambiente onde isso de fato deve ser feito, como debate de gênero e sexualidade. Não há nenhuma mínima preocupação com qualidade e acesso dos alunos ao ensino básico, pelo contrário, Bolsonaro defende a educação à distância, sob argumento de “levar escola à zona rural”, que muitas vezes não tem acesso à luz, água e saneamento básico. O objetivo é, na realidade, abrir ainda mais os portões da educação para os mercados privados, que há muito tempo anseiam arrancar imensos lucros não só do ensino superior.

“Temos direito de saber o que esses professores, entre aspas né, fazem com vocês em sala de aula”, finaliza Bolsonaro, ironizando a profissão dos professores que vivem com salários de fome e sem infraestrutura para trabalhar, e que tentam fazer com que os alunos possam ter acesso aos mais variados debates dentro do espaço escolas.

Contra a fiscalização das escolas e do ensino, dos ataques à educação pública e da liberdade de pensamento crítico, professores e trabalhadores da educação devem se organizar em milhares de comitês de luta nas suas escolas, retomando das mãos da burocracia os sindicatos, para por em movimento um plano de lutas capaz de combater Bolsonaro, seus ataques, ajustes e reformas.

Veja vídeo:

Ibope: Na cidade de SP, Haddad aparece com 51% dos votos, e Bolsonaro, 49%

Via: UOL

A pesquisa Ibope divulgada na última terça-feira (23) mostrou que, na capital de São Paulo, Fernando Haddad (PT)aparece com 51% dos votos válidos na disputa à Presidência. Já Jair Bolsonaro (PSL) registra 49% dos votos. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os presidenciáveis estão tecnicamente empatados.

Ex-prefeito da cidade, o petista registra desempenho bastante superior na capital em relação a outras regiões do estado de São Paulo. No interior, Bolsonaro chega a 71% dos votos válidos, e Haddad tem 29%, segundo o levantamento.

Os dois cenários contam com pergunta estimulada, ou seja, o entrevistador apresenta o nome dos candidatos ao fazer a pergunta em quem ele votaria.

No primeiro turno, Bolsonaro foi o mais votado na capital paulista e recebeu 44% dos votos. Haddad ficou em segundo, com 19%. No total do estado de SP, o militar da reserva foi escolhido por 53% dos eleitores, e o petista, por 16%.

A pesquisa Ibope com eleitores de São Paulo foi feita entre os dias 20 e 23 de outubro e ouviu 1.512 entrevistados em 78 municípios. O levantamento, que foi contratado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e pela TV Globo, está registrado no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) com o número SP-00150/2018.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Segundo o Ibope, isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

Na pesquisa nacional, Bolsonaro aparece com 57% dos votos válidos em todo o Brasil, enquanto Haddad tem 43%.

“Bolsodoria” x França/Haddad

O levantamento do Ibope entre eleitores do estado de São Paulo também mostrou quais as intenções de voto em Bolsonaro em Haddad junto ao eleitorado dos candidatos ao governo estadual: João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB).

Veja os números em votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos):

Eleitores de Doria:

  • 84% dizem que vão votar em Bolsonaro
  • 16% dizem que vão votar em Haddad

Eleitores de França:

  • 41% dizem que vão votar em Bolsonaro
  • 59% dizem que vão votar em Haddad

Entre eleitores que pretendem votar em branco ou nulo, 59% votarão em Bolsonaro, e 41%, no ex-prefeito de São Paulo. No grupo de quem não soube ou não respondeu, o militar da reserva chega a 67%, e o petista, 33%.

Na disputa ao governo de SP neste segundo turno, Doria e França estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro, segundo o Ibope. O tucano tem 53% dos votos válidos, e o governador aparece com 47%.

Pastor e sargento da PM abandona Bolsonaro e pede desculpas por espalhar mentiras contra Haddad

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Pastor, Sargento da PM e deputado estadual, o Pastor Sargento Isidório (Avante) foi eleito deputado federal com a maior votação na Bahia, 323.264 votos; pelo perfil seria natural que integrasse a bancada da bala ou a evangélica, mas não é o que ocorre; ele circula pedindo voto para Fernando Haddad; “Fiquei com o filho do diabo mentindo. Descobri o perigo que a nação corre quando alguém diz que policial que não mata não é polícia. Violência gera violência. Haddad é professor, casado com a mesma mulher durante 30 anos,”, diz; veja o vídeo

Bahia 247 – Pastor da Assembleia de Deus e Sargento da PM e deputado estadual. Esse é o Pastor Sargento Isidório (Avante), deputado federal com a maior votação na Bahia, 323.264 votos.

Pelo perfil seria natural que ele integrasse duas das mais poderosas frentes parlamentares da Casa, a evangélica e a da segurança pública, também conhecida como bancada da bala e apoiasse o presidenciável Jari Bolsonaro, certo?

Mas não é o que vai ocorrer. Pastor Sargento Isidório tem andado pela Bahia pedindo voto para o presidenciável Fernando Haddad (PT) e combatido o discurso belicista do opositor. “Haddad é professor, c asado com a mesma mulher durante 30 anos, pai de família. Fiquei com o filho do diabo mentindo. Descobri o perigo que a nação corre quando alguém diz que policial que não mata não é polícia. Violência gera violência. Vamos pras urnas sabendo que o PT errou, mas quem não errou? Mas não pode generalizar”. Diz o parlamentar.

Conhecida como Moro do MT, Sen. Selma Arruda/PSL eleita é acusada de uso de caixa 2

O agropecuarista Carlos Fávaro (PSD-MT) pediu a impugnação do registro de sua candidatura

A ex-juíza Selma Arruda
A ex-juíza Selma Arruda – FOLHA DE S.PAULO

MORO

Ex-juíza e conhecida como o “Moro” do estado, por ter mandado prender empresários e políticos, ela está sendo acusada de uso de caixa dois na campanha.

TOGA

As supostas irregularidades foram documentadas em ação de cobrança ajuizada por Junior Brasa, que afirma ter prestado serviço de marketing à candidata. Ele anexou cheques e pagamentos feitos no período de pré-campanha, o que pode configurar gastos de de forma irregular.

ME PAGA

“Ela estava me devendo mais de R$ 1,5 milhão. Fiquei 25 dias negociando e cheguei a reduzir a dívida para R$ 360 mil”, diz ele.

ALÔ

Questionada, Selma disse: “É a mesma coisa que vocês [jornalistas] acusaram o Bolsonaro, né? Pode colocar o que você quiser porque eu não vou nem ler”.

Leia a coluna completa aqui.

Via: Mônica Bergamo