Propaganda eleitoral de Bolsonaro rouba música de grupo do Recife, que protesta: “Não nos representa”

Membros do grupo de maracatu Estrela Brilhante do Recife se manifestaram nas redes sociais, nesta quarta-feira (27), contra o uso de uma de suas músicas na propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro. 

Publicado na última terça no YouTube, o vídeo traz um pedaço da música “Evolução do Baque” sem autorização prévia.

“Ajude-nos a tirar o trecho da nossa faixa Evolução do Baque, do primeiro CD do Estrela do programa eleitoral desse homem que não tem o nosso apoio, não pediu nossa autorização, não cumpre com a lei dos direitos autorais”, pedem os músicos no Facebook.

Ainda na postagem, o Estrela diz não compactuar com a visão política de Bolsonaro: “Você não nos representa, não representa nossa comunidade muito menos nossa cultura. Seu patriotismo é falso, uma vez que nem valorizar a cultura a qual você se apropriou ilegalmente você valoriza. Por nós você não passará, nós não nos calaremos!!! Essa é nossa resistência”.   

O vídeo oficial foi retirado do Youtube.

Pesquisa: PSDB e PMDB são os partidos políticos mais rejeitados.

Uma pesquisa do Instituto Guimarães, encomendada pelo partido Democratas, aponta que o PSDB e o PMDB são os partidos mais desaprovados pela sociedade brasileira; o povo tem mais simpatia pelo PT.

De acordo com a coluna da jornalista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o DEM encomendou uma pesquisa para saber como está a aceitação das agremiações políticas pela sociedade brasileira. O resultado frustrou dirigentes da legenda.

O PSDB e o PMDB têm apenas 13% de aprovação; já a rejeição as siglas está em torno de 75%. Conforme a sondagem do Guimarães.

O partido dos trabalhadores, principal oponente, tem a atuação aprovada por 28% dos entrevistados; a reprovação é de 62%.

Nem pagando o DEM se saiu bem. De acordo instituto, a reprovação aos democratas é de 60%.

800 MILHÕES> TEMER ABRE O COFRE E SAI COMPRANDO DEPUTADOS PARA ESCAPAR DA DEGOLA

Para escapar da degola, Michel Temer voltou a explorar os cofres públicos; levantamento da ONG Contas Abertas revela que até o dia 22 de setembro o governo já empenhou R$ 800,6 milhões; numa comparação com os demais meses do ano, é o terceiro maior valor, só perdendo para junho e julho, quando tramitou na Câmara a primeira denúncia contra o peemedebista; na ocasião, foram empenhados R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões respectivamente

O governo acelerou o empenho de emendas parlamentares em setembro, mês em que foi apresentada a segunda denúncia contra Michel Temer.

Levantamento da ONG Contas Abertas revela que até o dia 22 de setembro o governo já empenhou R$ 800,6 milhões. Numa comparação com os demais meses do ano, é o terceiro maior valor, só perdendo para junho e julho, quando tramitou na Câmara a primeira denúncia contra o peemedebista. Na ocasião, foram empenhados R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões respectivamente.

Gil Castello Branco, da Contas Abertas, diz que os dados demonstram que “a máquina de empenho e pagamento de emendas está sendo reaquecida”. “As emendas são impositivas, mas a liberação é feita de forma estratégica”, complementa.

O ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, afirma que os empenhos não têm relação com a votação na Câmara, mas com “a capacidade dos deputados de conseguir nos órgãos setoriais o compromisso de que suas emendas serão pagas”.

As informações são da Coluna do Estadão.

Quadrilha da Direita no Senado, deve revogar o afastamento de Aécio Neves do mandato de Senador

Esmael Morais

O plenário do Senado prepara-se para rejeitar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), decidido nesta terça-feira (26) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.

Os parlamentares afirmam que o STF não tem prerrogativas para afastar congressistas eleitos pelo voto direto, pois, segundo eles, isso abriria um precedente muito perigoso.

Os senadores alegam ainda que o Supremo pode levar até sete anos para julgar o mérito dessa decisão, o que, de acordo com eles, causaria uma lesão impossível de ser reparada caso Aécio futuramente fosse absolvido.

Entretanto, foi o próprio Senado quem abriu esse perigoso precedente ao autorizar, por 59 votos a 13 e uma abstenção, em novembro de 2015, a manutenção da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral (Sem partido).

O STF determinou o afastamento de Aécio do mandato e seu recolhimento durante o período noturno. A decisão atendeu a uma medida cautelar pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas da empresa J&F.

Peça com Jesus trans volta a São Paulo sob Ameaças

Nas redes sociais, a diretora e a estrela de ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’ sofrem ameaças

Via: ESTADÃO

“Ridículo”, diz uma internauta. “Desrespeito com a religião alheia.” Essas são algumas das críticas, publicáveis, encontradas nas redes sociais sobre a realização da peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, que volta a São Paulo nesta quarta-feira, 27, e na quinta, 28, no Sesc Santo Amaro.

A peça foi notícia nas últimas semanas após um juiz de Jundiaí determinar a proibição da apresentação na unidade do Sesc na cidade, que seria em 15 de setembro, com base num processo movido por uma moradora. Na decisão, o juiz afirmou que a peça era “atentatória à dignidade da fé cristã” e ofenderia um grande número de pessoas, por trazer Jesus Cristo reencarnado como uma mulher transexual.

O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu (17/6)
O espetáculo – mistura de monólogo e contação de histórias – mostra Jesus no tempo presente na pele de uma mulher transgênero, vivida pela atriz Renata Carvalho. Histórias bíblicas – como “O Bom Samaritano”, “A Semente de Mostarda” e “A Mulher Adúltera” – são recontadas sob uma perspectiva contemporânea, propondo uma reflexão sobre a opressão e a intolerância sofridas por pessoas trans e por minorias em geral na sociedade. Foto: Ligia Jardim

“Apesar de saber que a peça pode causar opiniões contrárias, a gente nunca achou que seria alvo de censura”, afirma ao Estado a diretora do espetáculo, Natalia Mallo, que lembra que o Estado é laico e critica a decisão. “Ficamos tristes de ver a lei aplicada daquela forma, baseada em opinião pessoal.”

A peça já seguiu para Porto Alegre, onde dois juízes negaram pedidos de proibição do espetáculo, e agora volta a São Paulo, onde já havia sido apresentada. “Antes de toda a polêmica, já havia sido apresentada 70 vezes”, diz Mallo.

Depois da proibição em Jundiaí, Natalia afirma ter sofrido ataques virtuais, além de ter tido os pneus do carro furados. “Recebemos ameaças horríveis, de morte e tortura, tudo em nome de Deus”, desabafa. “É interessante que a peça fala justamente do uso da mensagem cristã para excluir quem quer que seja, quando ela deveria ser de inclusão e solidariedade.”

A peça é uma versão do texto escrito pela dramaturga escocesa – e transexual – Jo Clifford. Na adaptação brasileira, a atriz Renata Carvalho assume o monólogo. Ela também recebe ameaças, mas diz já estar “acostumada”. “Sou uma pessoa travesti, que já conhece essa violência e ódio”, afirma. “A Natalia se expôs mais agora e começaram a atacá-la. Está sofrendo transfobia mesmo sendo cisgênero.”

Para Renata, o maior problema dos que criticam o espetáculo é a falta de informação. “As pessoas não querem conhecer ou dialogar, é algo estrutural”, diz a atriz, que lembra que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, de acordo com levantamentos como o do Grupo Gay da Bahia.

“Seria bom se as pessoas se dispusessem a assistir, para depois discutir e colocar suas questões”, afirma Natalia. Junto com Renata, ela participa na sexta-feira, 29, de um debate no próprio Sesc Santo Amaro.

Apesar das ameaças, protestos e processos, O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céusegue a sua turnê pelo Brasil, sem alterações. Ao Estado, a assessoria do Sesc confirmou que mantém normalmente as próximas datas do espetáculo em suas unidades. Além da versão brasileira, Natália Mallo estreia em outubro uma versão em espanhol, que passará pelo Uruguai e pela Argentina.

OBRAS CENSURADAS EM PORTO ALEGRE SÃO PROJETADAS EM MUSEUS DE NY

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Revista Fórum A pressão do Movimento Brasil Livre (MBL) e de grupos de direita que culminou no fechamento da exposição “Queermuseu” em Porto Alegre (RS), no início do mês, começa a gerar o efeito contrário. Com a polêmica, a mostra que reúne obras tratando da questão de gênero e sexualidade ganhou repercussão mundial e, graças à iniciativa de Cibele Vieira, uma das artistas da exposição, várias das obras censuradas foram parar em Nova Iorque.

No sábado (23), em um evento batizado de NY Loves Queermuseu, dezenas de obras da exposição foram projetadas na fachada do New Museum, do Whitney Museum of American Art e do Bushwick Museum.

Além das obras, foram projetadas mensagens como “Brazil, the world is watching” (em português, “Brasil, o mundo está assistindo”), “ditadura nunca mais” e “Brasil, mostra a tua cara”. Também foram distribuídos às pessoas que passavam pelas ruas panfletos explicando a censura do Santander Cultural.

O efeito reverso da tentativa de censura não para por aí. No final da semana passada o jornal O Globo anunciou que a mostra Queermuseu será exibida no Rio de Janeiro, informação que foi confirmada no final de semana pelo diretor do Museu de Arte do Rio (MAR), Evandro Salles. Ainda não há data prevista para a estreia.

Confira, abaixo, algumas imagens das projeções em Nova Iorque.

BRAVO: Deputado paraibano espalha lixeiras com foto de Bolsonaro na orla de João Pessoa

Via: CLICKPARAIBA

Na lixeira estampada com uma foto de Bolsonaro, a boca aberta do parlamentar funciona como local para receber o lixo

O deputado estadual paraibano Anísio Maia (PT) espalhou pela orla de João Pessoa neste domingo (24) lixeiras com a foto estampada do deputado carioca Jair Bolsonaro (PSC). De acordo com o site Tambaú 247, a ação aconteceu na 16ª Parada pela Diversidade LGBT+.

Na lixeira estampada com uma foto de Bolsonaro, a boca aberta do parlamentar funciona como local para receber o lixo.

A ação acontece como uma forma de protesto aos posicionamentos adotados pelo parlamentar carioca, criticado pelos setores LGBT+.

Na parte de baixo da lixeira estão as hashtags #BOLSOLIXO e # FORATEMER. Também na parte de baixo está a logomarca referente ao mandato do deputado Anísio Maia.

A história esquecida do Capitão Bolsonaro

Sugerido por Álvaro Noites

Do Observatório da Imprensa

Via: Jornal GGN

Na barulhenta cobertura da mídia sobre as declarações racistas e homofóbicas do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ao programa CQC, da Rede Bandeirantes, ficou esquecido, no fundo de um arquivo qualquer, um episódio de 24 anos atrás, também protagonizado pelo agora deputado federal, e que tocou em um dos fundamentos da atividade jornalística – qual seja, as declaraçõesoff the records, isto é, aquelas informações utilizadas pelo jornalista sob o compromisso de resguardar o anonimato de sua fonte.

A história é a seguinte. No segundo semestre de 1987, finda a ditadura e já sob o governo civil de José Sarney, a economia estava combalida em razão do fracasso do Plano Cruzado. A inflação era alta, tendendo a índices estratosféricos, e grassava forte insatisfação nos quartéis devido à política de reajustes dos soldos dos militares – além, é claro, do incômodo, sobretudo entre a oficialidade média, pela perda do poder político que gozaram por 21 anos seguidos.

Jair Bolsonaro era então capitão do Exército, da ativa, cursava a Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO) e morava na Vila Militar, na Zona Norte do Rio. Em setembro de 1986, ele assinara um artigo na revista Veja no qual protestava contra os baixos vencimentos dos militares. Por isso ele foi preso e, na época, sua punição provocou protestos de mulheres de oficiais da ativa – que, ao contrário dos maridos, podiam sair em passeata sem correr o risco de serem presas.

“Só para assustar”

Bolsonaro tornou-se fonte da revista. Em meados de outubro 1987, a prisão de outro militar, capitão Saldon Pereira Filho, pelo mesmo motivo, levou à Vila Militar a repórter Cassia Maria, de Veja, destacada para repercutir o ocorrido. Ali ela conversou com Jair Bolsonaro, que estava acompanhado de outro capitão e da mulher deste.

Sob condição de sigilo, a mulher do militar contou à repórter – e depois Bolsonaro e seu colega confirmaram – que estava sendo preparado um plano batizado de “Beco sem saída”. O objetivo era explodir bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende (RJ), e em alguns quartéis. A intenção era não machucar ninguém, mas deixar clara a insatisfação da oficialidade com o índice de reajuste salarial que seria anunciado dali a poucos dias. E com a política para a tropa do então ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves – que teria sua autoridade seriamente arranhada com os atentados.

“Serão apenas explosões pequenas, para assustar o ministro. Só o suficiente para o presidente José Sarney entender que o Leônidas não exerce nenhum controle sobre a tropa”, ouviu a repórter de Ligia, mulher do colega de Bolsonaro, identificado com o codinome de “Xerife”.

Frase isolada

A repórter havia apurado uma bomba, no sentido literal e no figurado. Veja não respeitou o off – no que fez muito bem, neste caso, pois do contrário estaria acobertando atos terroristas – e quebrou o pacto de sigilo com a fonte. A história toda foi contada nas páginas 40 e 41 da edição 999 (de 27/10/1987) da revista. A repórter Cassia Maria anotou em seu relato:

“‘Temos um ministro incompetente e até racista’, disse Bolsonaro a certa altura. ‘Ele disse em Manaus que os militares são a classe de vagabundos mais bem remunerada que existe no país. Só concordamos em que ele está realmente criando vagabundos, pois hoje em dia o soldado fica o ano inteiro pintando de branco o meio-fio dos quartéis, esperando a visita dos generais, fazendo faxina ou dando plantão’. Perguntei, então, se eles pretendiam realizar alguma operação maior nos quartéis. ‘Só a explosão de algumas espoletas’, brincou Bolsonaro. Depois, sérios, confirmaram a operação que Lígia chamara de Beco sem Saída. ‘Falamos, falamos, e eles não resolvem nada’, disseram. ‘Agora o pessoal está pensando em explorar alguns pontos sensíveis.’

Sem o menor constrangimento, o capitão Bolsonaro deu uma detalhada explicação sobre como construir uma bomba-relógio. O explosivo seria o trinitrotolueno, o TNT, a popular dinamite. O plano dos oficiais foi feito para que não houvesse vítimas. A intenção era demonstrar a insatisfação com os salários e criar problemas para o ministro Leônidas.

(…)

Nervoso, Bolsonaro advertiu-me mais uma vez para não publicar nada sobre nossas conversas. ‘Você sabe em que terreno está entrando, não sabe?’, perguntou. E eu respondi: ‘Você não pode esquecer que sou uma profissional’.”

Com esses antecedentes, não deixa de ser curioso que agora, quando o personagem volta à baila, a cobertura da edição (nº 2211, com data de capa de 6/4/2011) desta semana de Veja sobre o explosivo episódio de racismo, que suscitou tanta repercussão, resuma-se a uma mísera frase de Bolsonaro reproduzida na seção “Veja Essa”.

Faltou um curioso da Redação para examinar o arquivo digital da revista. Faria um gol.

Órgão internacional cobra explicações sobre corte de verbas para Lava Jato

VIA: ESTADÃO

OCDE convocou Brasil a se explicar em outubro sobre redução de verbas para força tarefa e se a operação de fato ainda existe

GENEBRA –  A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cobra uma resposta do governo brasileiro sobre o corte de verbas que atinge a Operação Lava Jato, desde julho deste ano, e o potencial que isso pode ter para o combate à corrupção no Brasil. O País terá de dar uma explicação no dia 17 de outubro, quando a entidade se reúne e convocou o governo para avaliar sua estrutura para combater a corrupção.

O encontro foi organizado pelo Grupo de Trabalho sobre Corrupção da OCDE, uma espécie de ponto focal mundial do combate à lavagem de dinheiro e pagamentos de propinas. É a partir do trabalho da OCDE que padrões internacionais de luta contra a corrupção foram estabelecidos. Apesar de não fazer parte integral da OCDE ainda, o Brasil é avaliado pela entidade e participa plenamente dos esforços na área anti-corrupção.

A OCDE também avalia se governos estão seguindo as convenções internacionais nessa área, não apenas com leis, mas com recursos e independência suficiente para permitir ações.

Num email obtido pelo Estado, a direção da OCDE é explícita em cobrar o governo que, na reunião, será representado pela CGU e pelo Itamaraty.

“Gostaríamos de convidar países com eventos recentes que poderiam potencialmente impactar a implementação do combate ao pagamento de propinas”, indicou o texto. “Os países concernidos são Reino Unido, Noruega e Brasil”, explica a secretaria da OCDE.

Como o Estado mostrou em maio, a Polícia Federal reduziu a equipe destacada para a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, e diminuiu 44% do orçamento de custeio previsto para 2017. Esse foi o primeiro corte expressivo no efetivo de investigadores, nos três anos do escândalo. Em Curitiba, o contingenciamento foi de 1/3 das verbas – o que levou a Polícia Federal a desmanchar a força-tarefa da Lava Jato no Paraná.

De acordo com a OCDE, será aguardado do Brasil que explique “os acontecimentos relacionados com o anúncio da Polícia Federal em julho de 2017 de retirar recursos da Força Tarefa Lava Jato”.

“Em especial, estamos interessados em ouvir como as decisões anunciadas tem já sido implementadas e se isso representa o encerramento da força tarefa”, escreveu. “Também estamos interessados em saber como os recursos da Polícia Federal previamente alocados para a força tarefa vão ser realocados dentro das unidades da PF e se tais recursos serão dedicados a investigar casos específicos da Lava Jato”, questionou a OCDE.

 

O governo negou, na época, qualquer tipo de “esvaziamento” da Operação Lava Jato e alegou que a mudança era uma reestruturação administrativa interna da Polícia Federal.

Seis brasileiros concentram a mesma riqueza que a metade da população

Mariana Rossi, El País

Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) são as seis pessoas mais ricas do Brasil. Eles concentram, juntos, a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira (207,7 milhões). Estes seis bilionários, se gastassem um milhão de reais por dia, juntos, levariam 36 anos para esgotar o equivalente ao seu patrimônio. Foi o que revelou um estudo sobre desigualdade realizado pela Oxfam.

O levantamento também mostrou que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população. E que aqueles que recebem um salário mínimo (937 reais) por mês (cerca de 23% da população brasileira) teriam que trabalhar por 19 anos para obter a mesma renda que os chamados super ricos. Os dados também apontaram para a desigualdade de gênero e raça: mantida a tendência dos últimos 20 anos, mulheres ganharão o mesmo salário que homens em 2047, enquanto negros terão equiparação de renda com brancos somente em 2089.

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Seis brasileiros concentram a mesma riqueza que a metade da população mais pobre