IBGE: Desemprego explode e vai a 14 milhões, aumento foi de 23,1%

Via: Estadão

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RIO – A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,6% no trimestre encerrado em abril de 2017 de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A fila do desemprego no País contava com 14,048 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril. O resultado significa que há mais 2,636 milhões de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 23,1%. Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 1,5% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,395 milhão de postos de trabalho.

 A taxa de desemprego só não foi mais elevada porque 556 mil brasileiros migraram para a inatividade no período de um ano. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0,9% no trimestre encerrado em abril ante o mesmo período de 2016.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,2% no trimestre até abril. A população ocupada (89,2 milhões de pessoas) caiu 0,7%, quando comparada com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (89,9 milhões de pessoas). Em comparação com igual trimestre de 2016, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, houve queda de 1,5%, uma redução de 1,4 milhão de pessoas.

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Carteira assinada. O mercado de trabalho no País perdeu 1,243 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,6% no trimestre encerrado em abril de 2017, ante o mesmo período do ano anterior. O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado encolheu para 33,286 milhões de pessoas no trimestre até abril, o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 3,1%, com 306 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 10,6% ante o trimestre encerrado em abril de 2016, com 395 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria encolheu 3,1% no período, com 702 mil pessoas a menos nessa condição. Houve redução ainda de 119 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 1,9% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 1,8%, com 38 mil ocupados a mais.

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Renda. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.107 no trimestre até abril. O resultado representa alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou estável frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando o resultado foi de R$ 2.095.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 183,3 bilhões no trimestre até abril, estável em relação a igual período do ano anterior, com R$ 181,2 bilhões e em relação ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, que foi de R$ 183,5 bilhões.

Setores. A indústria cortou 220 mil vafas em um ano, mas contratou 204 mil em relação ao trimestre anterior. O setor da construção demitiu 646 mil em um ano, assim como o comércio, que tem menos 174 mil empregados ante o mesmo período do ano passado. Ainda em relação a 2016, os serviços domésticos têm menos 163 mil funcionários e a agricul demitiu 730 mil.

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